Família de Schumacher: "Fazemos tudo o que é humanamente possível para o ajudar"
Na véspera do 50.º aniversário de Michael Schumacher e cinco anos depois do acidente que sofreu quando esquiava com o filho nos Alpes franceses, a família do antigo piloto emitiu um comunicado no Facebook a dar conta que o alemão "está em boas mãos" e que está a ser feito "tudo o que é humanamente possível para o ajudar".
"Podem ter a certeza que ele está nas melhores mãos e que estamos a fazer tudo o que é humanamente possível para o ajudar. Por favor entendam que seguimos o desejo de Michael ao manter sob reserva, e em privacidade, um assunto tão delicado como é a sua saúde. Ao mesmo tempo agradecemos a amizade de todos e desejamos-vos um feliz 2019", pode ler-se, sem que sejam noticiados detalhes do estado de saúde do antigo piloto.
O comunicado também faz referência à aplicação que será lançada esta quinta-feira, The Official Michael Schumacher App, onde será possível rever a carreira do heptacampeão mundial.
A 29 de dezembro de 2013, Michael Schumacher bateu com a cabeça numa rocha quando esquiava nos Alpes franceses e sofreu um grave traumatismo craniano. Ficou meses em coma induzido, mas terá acordado meses depois e ficado em estado vegetativo, referem algumas fontes, ainda que existam poucas certezas. Sabe-se apenas que está na sua casa, em Gland, na Suíça, junto ao lago Genebra, num quarto sob a supervisão de uma equipa médica composta por 15 pessoas e coordenada pelo clínico Richard Frackowiak.
O assunto virou tabu entre o mundo do automobilismo. No circuito todos parecem compactuar com um silêncio que se tornou ensurdecedor em volta do estado de saúde de um dos melhores desportistas de sempre. Até o filho de Michael Schumacher, que por ser piloto está exposto aos media, evita falar do estado de saúde do pai. Antes do início do GP da Bélgica, em 2018, quando conduziu o Benetton pilotado pelo pai para comemorar os 25 anos sobre a primeira vitória de Schumacher, Mick limitou-se a dizer umas palavras de circunstância.
No entanto, o amigo íntimo da família, o arcebispo alemão Georg Gänswein, ex-conselheiro do Papa Bento XVI, disse em novembro durante uma entrevista à revista alemã Bunte que visitou Schumacher e o encontrou em estado vegetativo mas consciente: "Ele consegue sentir as pessoas em redor dele. Sentei-me à frente dele, segurei-lhe as duas mãos e olhei para ele. O rosto é, como todos sabemos, o típico rosto de Michael Schumacher, só está um pouco mais inchado. Ele sente que pessoas amorosas estão à sua volta, a cuidar dele e, graças a Deus afastando os demasiado curiosos. Uma pessoa doente precisa de discrição e compreensão."
No mês seguinte, Jean Todt, presidente da Federação Internacional do Automobilismo, confessou numa entrevista ao Auto Bild Motorsport que viu a vitória de Lewis Hamilton no Grande Prémio do Brasil ao lado do alemão. "Na realidade, sou sempre muito cauteloso quando digo alguma coisa, mas é verdade que vi o GP do Brasil na Suíça com o Michael Schumacher", contou o patrão da F1, mantendo o enigma.