Falta de vistos obriga jogadores da seleção de râguebi a viajar separados

Por falta de visto para entrar em Moscovo, a caminho do enclave de Kaliningrado, a comitiva portuguesa foi impedida de embarcar esta manhã. A solução foi dividir os jogadores por diversos voos para outras cidades europeias, esperando-se que todos cheguem a horas para este importante compromisso de Portugal, que segue invicto na prova.
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Depois das duas vitórias caseiras frente a Bélgica (23-17) e Roménia (22-11) no regresso da seleção nacional, três épocas depois, ao European Championship - o que permitiu a Portugal ascender ao 20.º lugar do ranking mundial, posição que não ocupava há muitos anos - os Lobos vão defrontar a Rússia neste sábado, em Kaliningrado (14.00 horas portuguesas).

Mas o terceiro jogo do quinze nacional na principal competição da Rugby Europe não começou da melhor forma, podendo dizer-se que se iniciou mesmo da pior maneira possível. É que a comitiva portuguesa deveria ter partido esta madrugada (07.00) para o enclave de Kaliningrado via Moscovo, prevendo-se a chegada para o fim desta tarde de quinta-feira. Mas perante a falta de visto para entrar na capital russa - na preparação da deslocação apenas foi considerado o pedido de visto para entrar em Kaliningrado, região que pertence à federação russa mas localizada fora do seu território e situada entre a Polónia e a Lituânia, à beira do Mar Báltico - a TAP não deixou sequer que a equipa partisse de Lisboa.

Perante esta situação verdadeiramente impensável - que acarretará enormes custos adicionais e cuja responsabilidade poderá ser atribuída a várias entidades, mas acima de todas estará a própria Federação Portuguesa de Rugby -, por tratar-se da deslocação de uma seleção nacional para uma competição de nível europeu, a solução encontrada foi procurar de imediato, e já no aeroporto Humberto Delgado, meios alternativos para chegar em tempo oportuno a Kaliningrado.

A comitiva foi assim dividida em vários voos para diversas cidades europeias (e já todos estão no ar, do mal o menos...), esperando-se que toda a gente se encontre por fim naquela cidade russa, o que aliás só deverá ocorrer na próxima madrugada, a pouco mais de 24 horas do início do encontro. E desejando que alguns atletas não sejam obrigados a viajar diretamente para o estádio para se equiparem e encontrar aí os companheiros...

Para o encontro, o selecionador Patrice Lagisquet - o ex-internacional francês, a esta hora e perante tanta incompetência e amadorismo, deve estar a pensar onde é que se veio meter... - convocou 24 jogadores, apelando de novo a um lote de atletas (nove) que alinham em campeonatos estrangeiros: Diogo Hasse Ferreira (Aparejadores Rugby), Francisco Fernandes (AS Béziers), Ivo Morais (RC Chateaurenard), Lionel Campergue (US Cognac), Kevyn Batista (RC BassinDarcachon), Eric dos Santos (Soustons), Thibault de Freitas (Blagnac), Dany Antunes (RC Massy) e Caetano Castelo Branco (Nottingham Trent University).

No historial de duelos entre Rússia e Portugal a vantagem é russa, pois soma 13 triunfos nos 19 confrontos entre os dois países. Mas o nosso adversário de sábado, que marcou presença no último Campeonato do Mundo disputado no final do ano passado no Japão, iniciou muito mal a prova, averbando dois desaires diante de Espanha (casa) e Bélgica (fora), pelo que precisará de vencer para alcançar os primeiros pontos.

Após as primeiras duas jornadas a classificação do European Championship é a seguinte: Geórgia, 9 pontos; Portugal, 8; Bélgica, 6; Espanha, 5; Rússia e Roménia, 0.

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