Falso príncipe do Taiti condenado a 14 anos por fraude

Um homem, que levaria uma vida de 'playboy' reclamando ser um príncipe do Taiti, foi condenado a 14 anos de prisão pelo desvio de 16 milhões de dólares australianos (12,8 milhões de euros) na Austrália, noticia hoje a imprensa.
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Natural da Nova Zelândia, Hohepa Morehu-Barlow, também conhecido como Joel Barlow, declarou-se culpado das oito acusações que pendiam sobre si, incluindo a de fraude agravada como funcionário e falsificação pelo tribunal distrital de Brisbane.

Na leitura da sentença, o juiz Kerry O'Brien afirmou que Morehu-Barlow montou um audaz mas pouco complexo esquema, através do qual desviava fundos de um programa de subsídios que geria para pagar o seu extravagante estilo de vida.

"Não posso ignorar a quantidade de dinheiro envolvida aqui (...), de facto, trata-se de erário público", apontou O'Brien, citado pelo jornal The Australian.

As acusações contra Morehu-Barlow, 37 anos, dizem respeito ao facto de ter defraudado o Estado, enquanto trabalhava como gestor para um departamento de Saúde, entre 2007 e 2011.

"Os fundos desviados são dinheiro público (...) para apoiar instituições de caridade e outros grupos comunitários", disse o promotor do Ministério Público, Todd Fuller, em declarações citadas pelo Brisbane Courier-Mail.

Em tribunal foram ouvidos relatos de que Morehu-Barlow assinavam documentos no banco usando as iniciais HRH (His Royal Highness, ou Sua Alteza Real), refere a AFP.

Quando Morehu-Barlow foi detido em 2011, a polícia descobriu um conjunto de bens de luxo, incluindo uma falsa coroa, no seu apartamento à beira-mar, alegadamente financiado com as verbas desviadas.

Muitas das centenas de bens foram vendidos em leilão no início deste mês, entre os quais um candeeiro sob a forma de cavalo em tamanho real, uma sela Hermes, um relógio Chanel e uma prancha de surf da Louis Vuitton.

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