Falha de remédio deixa doença rara sem opção
"Tenho de tomar dois comprimidos por dia. Esta é a dose mínima para me aguentar de pé. Experimentei outros medicamentos, mas este é o único que tolero e ao qual o meu corpo reage. Se não o tomar perco as forças, poderei entrar em coma e morrer. Esta é uma doença que mexe com o sistema nervoso central, tiróide e supra-renais". Sandra Roque, 37 anos, fala da doença de Addison. Foi-lhe diagnosticada em 2005, depois de lutar contra um cancro.
O Hydrocortone, uma das primeiras cortisonas sintéticas a surgir no mercado e cuja embalagem de 25 comprimidos custa 1,82 euros, está em falta nas farmácias desde Abril. Para Sandra e outros que sofrem desta doença rara, esta é a única alternativa. O medicamento substitui uma hormona que o corpo deixou de produzir.