Facebook andou dois anos a exagerar na audiência dos vídeos
O Facebook tem exagerado nos últimos dois anos sobre o tempo médio que os utilizadores gastam a ver vídeos tendo enviado aos seus anunciantes estatísticas com dados errados, noticiou o Wall Street Journal.
Num comunicado, a rede social explicou que tinha sido detetado um problema com a introdução de um novo sistema de medição métrica usada pela rede social para calcular o tempo médio de permanência dos utilizadores nos vídeos.
"Descobrimos, recentemente, um erro na forma como calculávamos a nossa métrica nos vídeos", assumiu o Facebook.
De acordo com o comunicado, a métrica não incluía os utilizadores que assistiam a vídeos com menos de três segundos de duração.
A rede social garantiu que o problema foi corrigido com a introdução de uma nova fórmula métrica e disse ainda que o erro não afetou o quanto os seus anunciantes pagam.
"O erro foi corrigido e não impactou na faturação. Além disso notificámos os nossos parceiros. Também alterámos a métrica para tornar claro o que medimos. Esta métrica é um dos muitos sistemas que os nossos parceiros usam para avaliar as suas campanhas de vídeo", acrescentou a rede social.
A empresa Publicis cujos clientes investiram cerca de 68,7 mil milhões de euros em anúncios no Facebook em 2015 disse ao Wall Street Journal que a rede social admitiu uma inflação de tempo médio de visualizações entre os 60% e os 80% pelo que este erro foi "inaceitável"
Depois da noticia do erro do Facebook vários anunciantes mostraram a sua revolta e questionavam-se se não teria sido mais rentável investir a publicidade noutras plataformas como o Youtube ou o Twitter ou até mesmo na televisão.
A notícia também se torna uma situação difícil para o Facebook uma vez que nos últimos anos a rede social tem divulgado o rápido crescimento do consumo de vídeos através da sua plataforma.