Exposição revela obras dos cinco artistas portugueses na Bienal de São Paulo

A exposição "O Futuro será uma réplica", com obras dos cinco artistas portugueses convidados este ano para a 32.ª Bienal de Artes de São Paulo, no Brasil, é inaugurada na quarta-feira, no consulado português.
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A exposição, que é inaugurada às 16.00, no Consulado Geral de Portugal, vai reunir obras dos artistas portugueses Carla Filipe, Gabriel Abrantes, Lourdes Castro, Priscila Fernandes e Grada Kilomba.

O Futuro será uma réplica irá reunir livros de artista de Lourdes Castro, a 'performance' Jardim da Gozolândia (2016), de Priscila Fernandes, o lançamento do livro de artista Imagens sangradas (2016), de Carla Filipe, a exibição da obra Plantation Memories. Staged Reading (2014-2015), de Grada Kilomba, e filmes de Gabriel Abrantes.

A bienal abre no sábado e ficará patente até 11 de dezembro sob o tema Incerteza Viva, com curadoria geral de Jochen Volz e Lars Bang Larsen.

No âmbito desta edição da bienal e do seu programa paralelo, Portugal será - segundo o gabinete do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, que se encontra no Brasil em visita oficial - "o maior contingente estrangeiro".

Em julho do ano passado, os curadores visitaram 'ateliers', exposições e galerias portuguesas para selecionar um grupo de artistas de Portugal.

Grada Kilomba é uma escritora e artista interdisciplinar portuguesa, com ascendência são-tomense e angolana, e a sua produção baseia-se em questões de memória, trauma, raça, género, e pós-colonialismo, traduzido em vários idiomas em antologias internacionais e encenada internacionalmente.

Nascida em Lisboa, em 1973, Carla Filipe tem vindo a realizar um trabalho de arqueologia das questões e formas de vida que se alteraram na modernidade e, como suporte, utiliza o desenho, o objeto, a palavra e a instalação.

Entre outras exposições, apresentou, no início de 2015, no Museu Coleção Berardo, Carla Filipe da cauda à cabeça, que explorava as questões da paisagem, a geografia e o território nacionais.

Gabriel Abrantes nasceu em 1984, em Chapel Hill, Carolina do Norte (EUA), estudou cinema e artes plásticas na Cooper Union for the Advancement of Science and Art, em Nova Iorque, e o seu trabalho tem sido desenvolvido nas áreas do cinema e instalação de artes visuais.

Expõe a título individual desde 2006, na Galeria 111 de Lisboa e do Porto, e na Houghton Gallery, em Nova Iorque, e venceu o Prémio EDP Novos Artistas em 2009.

A artista Lourdes Castro, nascida no Funchal, em 1930, é, entre os quatro artistas, o nome mais consagrado em Portugal, e retirou-se da vida artística intensa nos anos 1980, regressando à Madeira, em 1983, depois de 25 anos em Paris.

Estudou Belas Artes e, em Paris, publicou com um grupo de artistas a revista/movimento KWY: Da abstração lírica à nova figuração, com as três letras que não existiam no alfabeto português.

Ao longo da carreira apresentou exposições individuais em Portugal, na Alemanha, na Holanda, na República Checa, em França, no Brasil, no Reino Unido e em Espanha.

Nascida em Coimbra, em 1981, Priscila Fernandes, distinguida em 2011 com o Prémio EDP Novos Artistas, usa no seu trabalho uma grande densidade e complexidade de linguagens.

A artista estudou inicialmente na Escola de Belas Artes do Porto e continuou os estudos em pintura no National College of Art and Design, em Dublin, na República da Irlanda, e na Willem de Kooning Academy da Universidade de Roterdão, na Holanda.

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