Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete de comunicação do museu indicou que os trabalhos de conservação e restauro levados a cabo nesta peça, e consequente processo de investigação, atribuíram-na a Manuel Dias. .A peça - pertencente às coleções do MNAA - foi identificada como Nossa Senhora da Caridade, tendo os trabalhos revelado "qualidades ímpares na escultura e na policromia original".."Os seus valores plásticos integram-na no grupo de imagens produzidas pelo escultor para muitas igrejas de Lisboa, das quais se destacam aqui o Arcanjo São Miguel e a Virgem Imaculada, da Igreja da Pena, alargando o tradicional cognome de 'Pai dos Cristos' a uma vasta obra de esculturas barrocas", segundo o museu. .Conhecido como "Pai dos Cristos", Manuel Dias (1688-1755), artista do barroco joanino, é considerado um dos mais hábeis escultores do seu tempo, tendo dirigido em Lisboa uma oficina que se distinguiu, durante quatro décadas, pela produção de imagens devocionais em madeira, e que só terminou com a morte do escultor, no terramoto de 1755. .A competência artística de Manuel Dias granjeou-lhe prestígio e estatuto junto de encomendadores e patronos como Frei Baltasar da Encarnação, fundador da Irmandade da Caridade Geral..A exposição "O Pai dos Cristos" e inaugurada na quinta-feira às 18:00, na sala do Teto Pintado, abre ao público na sexta-feira e estará patente no MNAA até 03 de março 2019.