Exposição de memórias e da luta em defesa da ferrovia
A decisão foi tomada terça-feira à noite, numa reunião em que foi analisada a iniciativa de cantar as Janeiras ao ministro da Economia, realizada no dia 7 de janeiro, destinada a obter informações sobre a continuação das obras no Ramal da Lousã, de modo a garantir a existência de um sistema de transporte público de passageiros sobre carris de preferência elétrico, entre Serpins e Estação Velha (Coimbra).
Nesse dia, o secretário de Estado afirmou que a empreitada vai continuar, mas que é necessária uma "renegociação com as construtoras", e anunciou nova reunião para abril com os municípios envolvidos.
Atualmente, estão em fase de conclusão as empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do projeto, que representam um investimento de 130 milhões de euros, de um montante global de 447 milhões, com um ano de atraso.
"A manifestação em Lisboa constituiu um imenso sucesso, traduzido nas promessas feitas no final da reunião pelo Secretário de Estado", salientou hoje Jaime Ramos, porta-voz do movimento, que exorta o Governo a concretizar a promessa de iniciar a colocação dos carris e das catenárias para a tração elétrica.
Na reunião de terça-feira, o movimento decidiu que será a autarquia de Coimbra a dinamizar e centralizar a organização e criação da exposição sobre as memórias do ramal da Lousã, o projeto Metro Mondego e a luta desenvolvida pelas populações, contando com a colaboração das congéneres de Miranda, Lousã e Góis. A mostra será exibida nestes concelhos durante o mês de março, devendo deslocar-se às escolas.
Jaime Ramos revelou ainda que, no final de março, haverá nova reunião do Movimento Cívico para preparar uma deslocação à Assembleia da República a lembrar a votação por unanimidade dos projetos de resolução, aprovados em 2011, a defender a continuação do transporte público sobre carris, entre Serpins e Coimbra (Estação velha).
"Consideramos fundamental lembrar a todos os partidos que a votação deve ter consequências práticas e que toda a Assembleia da Republica está obrigada a fazer cumprir a resolução por parte do Governo", sublinhou o porta-voz.