Experimenta Design chega ao Norte e recebe África

Tudo é maior na edição em que Porto e Matosinhos se juntam a Lisboa. 268 participantes entram em cena a 12 de novembro
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Quão longe pode a mente ver. Não é uma pergunta a frase que perfaz o título da bienal Experimenta Design 2015, As far as the mind can see (Tão longe quanto a mente pode ver, em português). Antes, é como se, entre 12 de novembro e 20 de dezembro, fossem dados sucessivos exemplos que, afastando o horizonte, vão revelando até onde a mente pode ver; como vão, por vezes, mostrando quanto os olhos não podem (constatação que dá nome a uma exposição da bienal).

"Como é que, no século XXI, cada um de nós pode contribuir para a alteração dos paradigmas, como construímos novas realidades através da mente" lançava Guta Moura Guedes, diretora da Experimenta Design, ao apresentar ontem aos jornalistas a problemática desta nona edição. E embora, como notava a diretora, As far as the mind can see venha, de certo modo, "na sequência" do que foi No Borders (Sem Fronteiras, em português), a edição passada, em 2015 tudo é maior e mais longe.

Por que os olhos em Lisboa não conseguem ver o norte do país, como não conseguem ver a África lusófona, o Experimenta Design sobe, pela primeira vez na sua história, para o Porto e Matosinhos, da mesma forma que chama Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe até Lisboa.

[citacao:Muitos dos criadores têm um trabalho socialmente comprometido]

São 45 eventos protagonizados por 268 participantes de 22 países, 218 dos quais portugueses. Muitos deles corresponderão àquilo que Guta Moura Guedes diz ter procurado: "Designers que tivessem uma componente de trabalho que revelasse uma personalidade muito forte, que imprima um sentido muito específico ao seu trabalho". É por isso que, entre os muitos criadores que passarão pela Experimenta Design 2015 , "quase todos" têm um trabalho de cariz "político e socialmente comprometido".

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