Exército iraquiano prepara assalto a Tikrit

Milhares de soldados iraquianos estão dirigir-se para Tikrit, estando na sua última fase os preparativos para uma ofensiva sobre a cidade natal do antigo ditador Saddam Hussein.
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Enquanto várias unidades do exército iraquiano convergem sobre a cidade, outras estão desde há dois dias envolvidas em combates com elementos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e grupos sunitas nos arredores de Tikrit, tendo reconquistado o recinto da Universidade e alguns troços da estrada que conduz à importante refinaria de Baiji, em poder da rebelião.

A operação sobre Tikrit, que caiu em poder do EIIL a 11 de junho, é a mais importante operação das forças governamentais desde o início dos ataques dos islamitas e da rebelião sunita, e envolve grande número de blindados, veículos de desminagem e importantes meios aéreos. Segundo as agências, desde sexta-feira estão a suceder ataques aéreos sobre pontos da cidade controlados pelo EIIL.

Os observadores mostram-se algo reticentes sobre o desenlace desta ofensiva, recordando que o exército iraquiano entrou em rápido colapso no início da ofensiva dos grupos sunitas e tem mostrado grande dificuldade em retomar a iniciativa.

O Iraque tem pedido o envolvimento de meios aéreos dos Estados Unidos, mas o Presidente Barack Obama só aceitou enviar cerca de 300 conselheiros militares e aviões não tripulados, armados de mísseis, mas apenas em operações de proteção de interesses americanos na capital.

O secretário de Estado John Kerry, por sua vez, anunciou sexta-feira em Riade, num encontro com o dirigente da oposição síria, Ahmad al-Jarba, a disponibilização de uma verba de 500 milhões de dólares para armar e treinar rebeldes "moderados" da Síria para combaterem no Iraque contra o EIIL.O início das operações deste grupo ultra-radical no Iraque deve-se, segundo os analistas, ao facto de se terem incompatibilizado com a restante oposição ao regime de Bachar al-Assad devido às suas perspetivas extremas, tendo ocorrido violentos combates no início do ano que, por vezes, continuam ainda em diferentes pontos da Síria.

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