Ex-superespião entrega provas das práticas ilegais nas secretas
Tudo o que Jorge Silva Carvalho alegou sobre o funcionamento dos serviços de informações - e a prática de estes recorrerem a faturação detalhada dos telemóveis, apesar de legalmente impedidos - está demonstrado no interior de um envelope lacrado entregue aos juízes que o vão julgar por crimes de corrupção, violação do segredo de Estado, acesso ilegítimo a dados pessoais e abuso de poder.
Nesse envelope, o ex-diretor do SIED, segundo apurou o DN, pede o levantamento do segredo de Estado para o tribunal ter acesso a um conjunto concreto de documentos que estão no arquivo das secretas e mostram que, no passado, também houve acesso a faturação detalhada de telemóveis. De acordo com informações recolhidas pelo DN, e sobretudo no que diz respeito ao acesso a faturação detalhada do jornalista Nuno Simas, o antigo diretor do SIED deu indicação ao tribunal de outras operações dos serviços de informações em que houve o recurso a registos de telemóveis através de fontes dos serviços de informações nas operadoras de telecomunicações.