Ex-SCUT só vão dar 'lucro' a partir de 2025

As ex-SCUT (vias sem custos para o utilizador) só vão gerar receitas superiores aos encargos a partir de 2025 e até lá vão gerar necessidades de financiamento no valor global de 4.433 milhões de euros.
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Os dados constam de um relatório de auditoria da Inspecção-Geral das Finanças, com o objetivo de analisar a sustentabilidade económica e financeira da Estradas de Portugal, a que a Lusa teve acesso.

"Estima-se que as SCUT e as ex-SCUT gerem cash-flows anuais negativos (encargos superiores às receitas) até 2025, no valor global de 4.433 milhões de euros", lê-se no documento, que resultou de uma análise feita entre Setembro de 2010 e Junho deste ano.

No entanto, já a partir de 2013, nas ex-SCUT Costa de Prata e Norte Litoral, os proveitos previstos superam os encargos, atingindo, naquele exercício, 9.207 milhões de euros e 257 mil euros, respetivamente.

Em causa estão sete contratos de concessão em regime SCUT: Beira Interior, Algarve, Costa de Prata, Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Norte Litoral e Grande Porto.

Em 2008 e 2009, o Estado suportou encargos de 533,7 milhões e 539,9 milhões de euros, respetivamente, com as concessões em regime SCUT.

O Governo introduziu portagens nas antigas SCUT Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata em outubro de 2010.

As restantes concessões em regime SCUT - Beira Interior, Algarve, Interior Norte e Beiras Litoral e Alta - ainda continuam sem portagem.

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