Ex-primeiro-ministro paquistanês condenado a 10 anos de prisão

Nawaz Sharif, forçado a demitir-se na sequência de revelações feitas no âmbito dos chamados Panama Papers, foi esta sexta-feira condenado a 10 anos de prisão e a uma multa de 10 milhões de dólares, ou seja, 8,5 milhões de euros
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O ex-primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, foi esta sexta-feira condenado à revelia a 10 anos de prisão na sequência do escândalo Panama Papers. O político, que foi já três vezes chefe de governo do Paquistão, mas nunca completou um mandato, é acusado da compra de apartamentos de luxo em Londres através de uma sociedade offshore.

A condenação, da qual Sharif, de 68 anos, ainda pode recorrer, surge quase um ano depois de ter sido removido do cargo de primeiro-ministro pelo Supremo Tribunal do Paquistão e quase cinco meses depois de a justiça o ter inabilitado de concorrer a cargos públicos.

Sharif encontra-se atualmente em Londres por motivos de saúde da sua mulher. A filha, Maryam, também foi condenada, a sete anos de prisão. Ela é vista como a herdeira política do ex-chefe do governo paquistanês.

A condenação de Sharif surge a três semanas das eleições gerais no país asiático. Estas estão marcadas para 25 de julho. Segundo um estudo de opinião feito pelo Pulse Consultant, o Movimento para a Justiça do Paquistão da antiga estrela de críquete Imran Khan é favorita, com 30% das intenções de voto dos eleitores paquistaneses e a Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz, de Nawaz Sharif, surge com 27%. Em terceiro, com 17%, está o Partido Popular do Paquistão.

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