Ex-primeiro ministro escocês ilibado de crimes sexuais
O ex-primeiro ministro escocês Alex Salmond foi esta segunda-feira ilibado por um júri de ter assediado sexualmente nove mulheres enquanto estava em funções num julgamento no Supremo Tribunal de Edimburgo.
O júri decidiu que Salmond, que sempre rejeitou as acusações, não era culpado de 12 das acusações de que era alvo e considerou que não foi provada uma outra acusação. Uma outra acusação, de violação, tinha sido retirada pelos procuradores durante o julgamento.
As acusações incluíam uma tentativa de violação, dez ataques sexuais e dois atentados ao pudor supostamente cometidos entre junho de 2008 e novembro de 2014 na residência oficial, no Parlamento escocês, num restaurante em Glasgow e numa discoteca de Edimburgo.
Numa declaração no exterior do tribunal, o político escocês reiterou a "confiança" no sistema judicial escocês e indicou que algumas provas que não foram apresentadas durante o julgamento serão tornadas públicas.
"A certa altura, essa informação, esses fatos e provas vão ver a luz do dia", prometeu o ex-líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP, pró-independência), que esteve à frente do governo da Escócia entre 2007 e 2014.
A juíza Leeona Dorrian tinha dito que o júri poderia chegar a três veredictos para cada uma das acusações, culpado, não culpado e não provado, sendo os dois últimos considerados absolvições pela lei escocesa.
Os veredictos podiam ser decididos por unanimidade ou por maioria de pelo menos oito dos 15 jurados.
Alex Salmond, de 65 anos, liderou o SNP durante 20 anos. Foi ele que liderou o processo para a realização de um referendo sobre a independência da Escócia em 2014, após o qual se demitiu por 55% dos eleitores terem recusado a separação do resto do Reino Unido.