Ex-presidente egípcio Morsi escapa à pena de morte
Deposto pelo exército em julho de 2013, Morsi estava a ser julgado com outros 10 acusados pela alegada entrega de "documentos relevantes para a segurança nacional" ao Qatar, segundo a ata de acusação.
O presidente do tribunal egípcio solicitou hoje o parecer de um 'mufti', intérprete oficial da lei islâmica naquele país, como está previsto na lei em casos de condenação à morte.
O parecer desta autoridade religiosa não é obrigatório, mas é geralmente pedido.
No próximo dia 18 de junho, o tribunal irá confirmar ou recuar sobre a decisão de aplicar as penas de morte, bem como irá pronunciar-se sobre os restantes cinco acusados, incluindo Mohamed Morsi, que esteve presente na audiência de hoje.
O Qatar, emirado rico em gás, foi um dos principais apoiantes de Morsi, deposto pelo então chefe do exército e atual Presidente egípcio Abdel Fatah al-Sisi.
Trata-se do quarto julgamento contra Morsi, nome ligado à Irmandade Muçulmana, movimento classificado pelas autoridades egípcias como "terrorista".
O ex-Presidente já foi condenado à morte em primeira instância, a uma pena de prisão perpétua e a 20 anos de prisão em outros três processos.
Entre as seis pessoas hoje condenadas à pena capital figuram três jornalistas, julgados à revelia e acusados de serem intermediários.