Ex-diretor da CIA condenado por ter divulgado segredos a amante

General David Petraeus admitiu ter "retirado e mantido sem autorização informações classificadas" que foram encontrados no computador da sua amante e biógrafa, Paula Broadwell.
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O general David Petraeus, antigo diretor da agência de informações norte-americana, foi hoje condenado a dois anos de pena suspensa e cem mil dólares (92 mil euros) de multa, por divulgação de documentos ultrassecretos a uma amante.

Petraeus, um general de quatro estrelas, confessou-se culpado perante um tribunal no Estado da Carolina do Norte, no sudeste dos EUA, e admitiu ter "retirado e mantido sem autorização informações classificadas" e "ter mentido ao FBI (polícia federal) e à CIA sobre a posse e utilização de informações classificadas", indicou a procuradora Jill Westmoreland Rose, em comunicado.

Ao fim de mais de dois de investigação, o FBI recomendou, em janeiro de 2015, a abertura de um processo contra o ex-chefe da CIA, depois de documentos classificados terem sido encontrados no computador pessoal da sua amante e biógrafa, Paula Broadwell.

Ao confessar-se culpado, Petraeus evitou um processo potencialmente embaraçante e acaba com um escândalo que abalou o mundo da espionagem no verão de 2012. A ser julgado, perante um júri, Petraeus arriscava ser condenado até oito anos de prisão efetiva.

Tudo começou no verão de 2012, quando o FBI abriu um inquérito por causa de seis mensagens de correio eletrónico anónimas com ameaças enviadas a Jill Kelley, de 37 anos, uma amiga de Petraeus e da sua família.

Durante a investigação, o FBI identificou Paula Broadwell como autora das ameaças.

Na caixa de correio eletrónico desta mãe de família, o FBI encontrou a pista das conversas íntimas com Petraeus e documentos classificados.

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