Ex-candidato ao Benfica acusado de burla

Jaime Antunes vai responder em tribunal, acusado de burla e branqueamento de capitais
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O antigo candidato à presidência do Benfica, Jaime Nunes, vai ser julgado pelos crimes de burla e branqueamento de um milhão e meio de euros, noticia esta quinta-feira o Jornal de Notícias.

Segundo o mesmo jornal, em causa está um terreno onde esteve prevista a construção do aeroporto da Ota, solução defendida pelo então ministro socialista Mário Lino, em 2007.

Decorria o ano de 2005 quando Manuel Fonseca da Silva, dono desse mesmo terreno, procurou Jaime Antunes para valorizar a sua propriedade em Alenquer , que não tinha capacidade construtiva e por esse motivo Jaime Antunes terá assumido de transformar aquele terrenos num empreendimento turístico.

Contudo, quando se soube da provável construção do aeroporto, o proprietário do terreno, a conselho de Antunes, estabeleceu uma sociedade entre os dois para o gerir. Para além disso, adiantou ao economista 250 mil euros para a sociedade. O negócio só viria a terminar em 2007, quando Jaime Antunes vendeu a sua parte da propriedade por um milhão de euros, para que o antigo dono a recapturasse.

Depois disto, o filho do antigo dono, Paulo Silva apresentou uma queixa por considerar que o seu pai, entretanto falecido, foi "burlado" em 2,5 milhões de euros, amealhados por Jaime Antunes no negócio., quantia que o Ministério Público já considerou ter sido "locupletado sem fazer nada".

Paulo Silva, no entanto só reclama um milhão de euros, dinheiro que afirma não ter sido devolvido ao seu pai. Jaime Antunes por sua parte, nega ter feito qualquer acordo para devolver essa quantia se não houvesse empreendimento O restante milhão de euros resultou da venda da parte de Jaime Antunes ao sócio, a 27 de maio de 2007.

Nesse mesmo dia, Manuel Fonseca da Silva vendeu a totalidade da propriedade por 3,5 milhões de euros ao empreiteiro de Braga, Manuel Pires de Lima.

Por outro lado, a escritura em que Jaime Antunes cede a sua parte da propriedade titula apenas um milhão de euros, quando o negócios foi de dois milhões e meio, fazendo com que a sua empresa, a Frontinho - Turismo SA "escapasse à tributação fiscal" na integra, segundo a acusação do MP.

Jaime Antunes é assim, acusado de "encobrir o rasto do dinheiro" ao exigir que um milhão e meio fosse transferido para uma conta na Suíça.

No entanto, o ex-candidato ao Benfica afirma ter já regularizado a sua situação em Portugal, ao pagar cerco de 200 mil euros e que o dinheiro reclamado pelo filho do antigo sócio são "honorários de dois anos de trabalho e despesas"

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