Ex-assessor diz que manteve relação homossexual com filho de Bolsonaro
Um ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro revelou à polícia do Brasil que manteve uma relação "íntima" e "romântica" com o quarto filho de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil. Diego Pupe foi ouvido no âmbito da Operação Nexum, que apura crimes contra a fé pública, de associação criminosa e prejuízo ao erário do Distrito Federal de uma empresa da qual Jair Renan é sócio.
"Eu tive um relacionamento com o Renan, do qual não falei para ninguém ainda. Eu estava esperando todo esse "auê" da polícia, mas logo logo eu vou falar sobre isso, tá bom? Eu tinha um relacionamento íntimo com ele, romântico", disse Pupe.
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O depoimento vem tendo forte repercussão no Brasil em virtude das repetidas declarações homofóbicas de Bolsonaro ao longo da carreira como deputado federal.
"Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí", disse à revista Playboy;
"Não vou combater nem discriminar mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater", afirmou ao jornal Folha de S. Paulo.
"O filho começa a ficar assim, meio gayzinho, leva um couro e muda o comportamento dele. Olha, eu vejo muita gente por aí dizendo: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem. A gente precisa agir", comentou em debate na TV Câmara.
Questionado pela revista Época sobre como reagiria se tivesse um parente gay, opinou: "Seria problema dele. Se essa fosse sua opção para ser feliz não estaria (nem poderia) ser proibido por mim mas, certamente, não iria me convencer a frequentar minha casa".
E a programa da TV Bandeirantes explicou que os seus filhos jamais seriam gays "porque tiveram educação, um pai presente".