Eurodeputados escrevem a Obama exigindo libertação de Bradley Manning
O soldado norte-americano de 25 anos, que entregou ao portal WikiLeaks documentos militares que contêm provas de abusos dos direitos humanos e eventuais crimes de guerra no Iraque e no Afeganistão, foi hoje julgado e considerado culpado pela justiça militar de violar a Lei de Espionagem -- embora não de "ajuda ao inimigo", outra das 21 acusações que sobre ele recaíam.
Na carta, anterior ao veredicto hoje conhecido, os eurodeputados defendiam a libertação de Manning, argumentando que "condenar uma pessoa que divulgou informação aos 'media' de 'ajudar o inimigo' criaria um terrível precedente".
"Embora compreendamos que o governo norte-americano não está a pedir a pena de morte para Bradley Manning, nada há que impeça que isso aconteça em futuros casos", sustentam, acrescentando que "de qualquer maneira, o soldado Manning enfrenta a possibilidade de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, recentemente rejeitada como 'tratamento desumano e degradante' pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos".