EUA vão enviar 400 soldados suplementares para a Síria

Entre os 400 militares suplementares encontram-se fuzileiros e soldados das forças especiais
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Os Estados Unidos vão enviar 400 soldados suplementares para a Síria para apoiar a ofensiva contra Raqa (centro-norte), reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no território sírio, indicou hoje um porta-voz militar americano.

"São forças temporárias", indicou um porta-voz militar americano em Bagdad (Iraque), o coronel John Dorrian, confirmando informações avançadas pelo jornal The New York Times.

O mesmo representante acrescentou que as forças americanas destacadas a longo termo na Síria mantêm-se no nível previsto, ou seja, 500 elementos.

Os extremistas do EI estão a enfrentar ofensivas simultâneas no norte da Síria conduzidas pelas forças governamentais, pelos rebeldes sírios apoiados pela Turquia e por uma aliança de combatentes árabes e curdos apoiada pelos Estados Unidos.

Desde outubro de 2015, soldados americanos das forças especiais estão na Síria para aconselhar e treinar forças locais que combatem contra os 'jihadistas', nomeadamente a aliança árabe-curda das forças democráticas sírias.

Entre estas quatro centenas de militares suplementares encontram-se fuzileiros e soldados das forças especiais.

A nova administração do Presidente Donald Trump está avaliar um plano para vencer os 'jihadistas'.

Segundo a imprensa americana, o plano deverá propor o envio de artilharia, mas também forças especiais adicionais e helicópteros de ataque.

Entre 3.000 a 4.000 'jihadistas' encontram-se entrincheirados em Raqa, cidade com cerca de 300.000 habitantes, de acordo com fontes militares americanas.

Também relacionado com as forças americanas destacadas no exterior, o chefe das tropas americanas no Médio Oriente, o general Joseph Votel, pronunciou-se hoje favoravelmente no Congresso por um reforço da presença militar dos Estados Unidos no Afeganistão, o que representaria a inversão da estratégia de decréscimo adotada nos últimos anos.

Questionado sobre medidas para ajudar o governo afegão a recuperar vantagem sobre os rebeldes talibãs, o general considerou que "isso implica forças [americanas] suplementares para que a missão de aconselhamento e de assistência seja mais eficaz".

No início de fevereiro, o comandante das forças americanas no Afeganistão, o general John Nicholson, já tinha apelado a um reforço das tropas da NATO naquele país, mencionando o "impasse" em que se encontram as forças afegãs face aos talibãs.

As posições de Donald Trump sobre o Afeganistão não são conhecidas. O novo Presidente norte-americano pouco falou sobre esta matéria durante a campanha eleitoral.

O antecessor Barack Obama prometeu retirar as tropas americanas do Afeganistão, mas não conseguiu manter a sua promessa por causa do ressurgimento dos talibãs.

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