Os EUA juntaram-se esta quarta-feira aos mais de 50 países que já tinham proibido o uso dos Boeing 737 Max 8 e 9, na sequência do acidente com a aeronave da Ethiopian Airlines, que matou 157 pessoas..Num vídeo publicado no Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que vai impedir todos os Boeing 737 Max 8 e os Boeing 737 Max 9 de levantarem voo. Uma ordem com "efeitos imediatos", já que "a segurança é a principal preocupação". .A decisão contraria a informação avançada na terça-feira pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, que adiantou que não iria suspender as aeronaves Boeing 737 MAX, uma vez que a análise realizada não tinha demonstrado "problemas sistémicos de desempenho", nem fornecia dados para que os aviões fossem mantidos em terra..A decisão de proibir a circulação destas aeronaves no espaço aéreo está relacionada com os acidentes que aconteceram nos últimos cinco meses..A queda do aparelho da companhia aérea etíope, um Boeing 737 Max 8, que matou as 157 pessoas que seguiam a bordo, no domingo, apresenta algumas semelhanças ao acidente que ocorreu em último, com outro Boeing do mesmo modelo pertencente à Lion Air, uma companhia da Indonésia, que matou 189 passageiros e tripulação..Na sequência dos dois incidentes, vários países decidiram fechar o respetivo espaço aéreo e as companhias imobilizaram os novos Boeing 737 Max 8 e 737 Max 9..Os dois novos modelos da Boeing são os atuais campeões de vendas da construtora aeronáutica norte-americana, mas os 376 aparelhos entregues até fevereiro a companhias aéreas e de 'leasing' em todo o mundo, é um número ainda relativamente pequeno, quando comparado com um total de 24.400 aeronaves do construtor norte-americano a sobrevoar o planeta em finais de 2017..Ao grupo de países que seguiram a decisão da autoridade de aviação civil da China, e depois da Etiópia e da Mongólia na segunda-feira, juntaram-se no dia seguinte os 28 membros da União Europeia, entre vários outros países, e ascende agora a 57 o número de capitais que anunciaram o encerramento do respetivo espaço aéreo ou a imobilização de aparelhos daqueles modelos.