EUA emitem mandado de captura do petroleiro iraniano

O Departamento de Justiça dos EUA acusou, em o navio iraniano Grace 1 de servir de tráfico ilegal para a Síria, um plano orquestrado pelo corpo da Guarda Revolucionária iraniana, que os Estados Unidos consideram ser uma organização terroristas internacional.
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Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira que emitiram um mandado de captura do petroleiro iraniano arrestado em Gibraltar, um dia depois do território britânico ter autorizado o navio a deixar as suas águas territoriais.

O Departamento de Justiça dos EUA acusou, em comunicado, o navio iraniano Grace 1 de servir de tráfico ilegal para a Síria, um plano orquestrado pelo corpo da Guarda Revolucionária iraniana, que os Estados Unidos consideram ser uma organização terrorista internacional.

"O esquema", acrescentou, "encorajado pelas viagens enganosas do Grace 1, envolve vários partidos afiliados à Guarda Revolucionária. Uma rede de empresas fantasmas supostamente lavou milhões de dólares".

EUA quer confiscar todo o petróleo do navio iraniano

Além da apreensão do cargueiro, as autoridades norte-americanas solicitaram o confisco de todo o petróleo transportado no petroleiro iraniano (cerca de 2,1 milhões de barris) bem como o arresto de 995 mil dólares (896 mil euros) de uma conta bancária ligada à Paradise Global Trading LLC, uma empresa iraniana.

Pouco antes do anúncio do tribunal de Gibraltar de que o navio tinha sido autorizado a partir, os Estados Unidos pediram o prolongamento da retenção do petroleiro.

A apreensão a 4 de julho do petroleiro Grace 1 pelas autoridades de Gibraltar e a marinha britânica provocou uma crise diplomática entre Teerão e Londres, assim como represálias da República Islâmica que apresou três petroleiros, um deles com pavilhão britânico.

O navio foi arrestado por suspeita de transportar petróleo para a Síria, violando um embargo da União Europeia (UE), e o chefe do governo de Gibraltar, Fabian Picardo, disse na quinta-feira ter recebido a promessa escrita de Teerão de não enviar o petróleo para aquele país em guerra.

No entanto, o porta-voz da diplomacia iraniana, Abbas Moussavi, afirmou que o seu país não tinha feito tal promessa.

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