EUA defendem imunidade a Saleh para por termo à crise
"Penso que a questão da imunidade... não é uma decisão fácil. Há muitas pessoas que acham que não está certo conceder imunidade a alguém", disse Gerald M. Feierstein, em declarações a jornalistas, citado pela agência AFP.
No entanto, e com base na sua experiência e no seu envolvimento nas negociações para resolver a crise no Iémen, o embaixador norte-americano considera que se não houver um consenso quanto à imunidade, não haverá nenhum acordo.
"E se não houver acordo, penso que há a possibilidade da crise acabar numa guerra civil ou ter qualquer outro fim violento", referiu o diplomata, adiantando que se poderá haver milhares de mortes e grande destruição sem um acordo.
De acordo com uma declaração oficial divulgada na segunda-feira, Saleh estava a caminho dos Estados Unidos para uma visita a Washington por questões puramente médicas.
Saleh partiu depois de o parlamento ter aprovado na semana passada uma imunidade relativa aos crimes cometidos durante a repressão de protestos de que resultaram centenas de mortos.
"Basicamente foi para tratamento médico e por isso lhe concedemos o visto. O período que passará nos Estados Unidos será determinado pelos médicos", esclareceu o embaixador norte-americano
Saleh partiu no domingo à noite para Omã, levando consigo os cinco filhos mais novos e a mulher, segundo fonte da presidência.