EUA comprometidos com processo de paz entre Israel e palestinianos

Desde o ano passado que a Palestina considera que Donald Trump não pode exercer o papel de mediador no processo de paz
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O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, expressou hoje o compromisso dos EUA com o processo de paz entre israelitas e palestinianos, durante uma visita à Jordânia, país aliado da Palestina e guardião dos locais santos muçulmanos de Jerusalém.

"Apesar da decisão do Presidente Trump sobre Jerusalém, o Presidente disse que dependia das partes decidir as fronteiras de Jerusalém", disse Tillerson, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo jordano, Ayman Safadi.

Os dois governantes sublinharam que os seus países continuam empenhados no processo de paz, apesar de reconhecerem divergências sobre as possíveis soluções para o conflito.

Tillerson disse acreditar que está numa "fase avançada" a redação de uma proposta de paz norte-americana, na qual se está a trabalhar "nos últimos meses", mas apontou que compete ao Presidente dos EUA, Donald Trump, declarar quando esse documento está terminado.

Em dezembro passado, Trump rompeu com décadas de consenso internacional ao pronunciar-se sobre Jerusalém, cuja parte oriental está ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e que foi anexada em 1980, contrariando as resoluções da comunidade internacional.

Desde então, a Autoridade Nacional Palestiniana congelou os contactos com representantes norte-americanos, ao considerar que Washington escolheu um dos lados do conflito e, portanto, ficou desacreditado para exercer o papel de mediador no processo de paz.

À margem da questão palestiniana, Tillerson e Safadi assinaram um memorando de entendimento, segundo o qual os Estados Unidos se comprometeu a prolongar durante os próximos cinco anos a ajuda financeira e militar à Jordânia, na ordem dos 1.275 milhões de dólares anuais (cerca de mil milhões de euros).

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