EUA afirmam não apoiar ataques a território russo

"Estamos concentrados no fornecimento à Ucrânia do equipamento e do treino necessários para recuperar o seu próprio território soberano", afirmou um porta-voz da diplomacia norte-americana.
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O Departamento de Estado norte-americano afirmou esta terça-feira que os Estados Unidos não apoiam os ataques militares à Rússia no seu território, após um ataque de drones (aeronaves não-tripuladas) a Moscovo, atribuído pelo Kremlin aos ucranianos.

"De uma forma geral, não apoiamos os ataques ao território da Rússia. Estamos concentrados no fornecimento à Ucrânia do equipamento e do treino necessários para recuperar o seu próprio território soberano", declarou um porta-voz da diplomacia norte-americana, à margem de uma visita do secretário de Estado, Antony Blinken, à Suécia.

Washington ainda está a analisar o ataque que visou Moscovo e a sua região, em que edifícios residenciais foram atingidos pela primeira vez desde o início da invasão russa, indicou.

Mas a própria Rússia realizou hoje ataques aéreos a Kiev, pela 17.ª vez só no mês de maio, sublinhou o porta-voz do Departamento de Estado.

"A Rússia começou esta guerra não-provocada contra a Ucrânia. A Rússia poderá terminá-la em qualquer altura, retirando as suas forças da Ucrânia em vez de efetuar ataques brutais a cidades e ao povo ucraniano todos os dias", sustentou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 461.º dia, 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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