O secretário de Estado norte-americano acusou a Rússia de estar, muito provavelmente, por trás do vasto ciberataque que atingiu os EUA, uma acusação já desmentida pelo Governo russo.."Foi uma operação muito importante e penso que podemos agora dizer, com bastante clareza, que foram os russos que empreenderam esta atividade", disse Mike Pompeo, no programa do comentador político Mark Levin, The Mark Levin Show..A Rússia desmentiu firmemente estar implicada neste caso, afirmando que o país "não realizou operações ofensivas no ciberespaço", declarou a embaixada russa em Washington..Pompeo denunciou uma operação de grande envergadura que consistiu, nomeadamente, em "entrar nos sistemas do governo norte-americano". Só na semana passada, Washington descobriu este ataque, lançado a partir de março..A dimensão do ciberataque tem vindo a aumentar à medida que são identificadas novas vítimas, também fora dos EUA..Na quinta-feira, a Microsoft indicou ter sido informada que mais de 40 clientes detetaram o programa usado pelos piratas informáticos e que permitia aceder sem quaisquer entraves às redes das vítimas.."Cerca de 80% dos nossos clientes encontram-se nos Estados Unidos, mas também conseguimos identificar, até agora, vítimas em vários outros países", declarou o presidente da Microsoft, Brad Smith, no blogue do gigante informático. Os países em causa são Canadá, México, Bélgica, Espanha, Reino Unido, Israel e Emiratos Árabes Unidos.."O número de vítimas e de países atingidos vão continuar a aumentar, é certo", criando este ataque "uma vulnerabilidade tecnológica grave para os EUA e para o mundo", advertiu Brad Smith. "Não se trata de espionagem normal, mesmo na era digital", disse..À cadeia de televisão Fox News, o presidente da comissão de Informações do Senado, o republicano Marco Rubio, disse na sexta-feira que este "é um grande ataque", provavelmente "ainda em curso" e "sem precedentes".