Étnico-chique: exótico 'ma non troppo'

De quando em vez a cabeça dos criadores de moda vira-se para as roupas étnicas, que é como quem diz, recria padrões, formas de ornamentação e cortes das roupas tradicionais de várias partes do mundo.
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Não pensemos nunca que se trata de uma mera opção estética porque a moda é sempre política. No início dos anos 70 (a grande inspiração para o 'look' étnico de 2014), os padrões africanos e marroquinos vinham a reboque dos movimentos cívicos que levantaram os EUA e a Europa.

Hoje os padrões étnicos vêm a reboque da ascenção económica de países como a Rússia, a Índia, a China ou Angola. Há que reverenciar os novos senhores do mundo. As coleções de Donna Karan, Givenchy e Valentino trouxeram ecos dos quatro cantos do mundo e as grandes marcas seguiram-lhes os passos. O étnico já não é reduto da festa do Avante e dos apreciadores do 'New Age'.

O étnico tornou-se chique e usa-se como tal. Ou seja, combina-se com um bom par de sapatos de salto alto, umas plataformas, uma mala refinada e bijutaria a condizer. O desafio é fazer coordenados onde os padrões coloridos e complexos se juntem a peças lisas e sofisticadas como blusas de 'chiffon', camisas acetinadas, tops vaporosos.

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