Estudantes ajudam crianças a perder o medo dos médicos
A iniciativa da Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) irá "atender" mais de meio milhar de crianças entre os 3 e os 6 anos de idade vão levar os seus bonecos de peluche ao Hospital de Santo António para uma consulta pelos futuros médicos e farmacêuticos da Universidade do Porto.
Neste hospital especial, as crianças são os pais do doente e o paciente é o seu peluche em mau estado. Este é observado pelos estudantes de Medicina e Farmácia. O atendimento ao "doente" tem por base o modelo da consulta médica comum, para que a criança se habitue às visitas ao médico.
Entre outros procedimentos, os peluches passam pela "auscultação, palpação, simulação de radiografias e ecografias e, por fim, o tratamento médico adequado, como colocação de ligaduras, talas, vacinação, entre outros". São ainda prescritos pelo médico os conselhos adequados ao doente de peluche e entregue à criança para que possa consultar o seu farmacêutico.
O objetivo por detrás desta iniciativa é desmistificar o trabalho dos médicos e enfermeiros aos olhos dos mais novos, de modo a que não tenham receio de ir a uma consulta, a um hospital ou centro de saúde.
As "consultas" do Hospital dos Pequeninos irão decorrer no Auditório Professor Alexandre Moreira do Hospital de Santo António, das 09.00 às 13.00 e das 14.00 às 17.30. A associação de estudantes do ICBAS garante que "será proporcionada uma atmosfera acolhedora e adequada às crianças, para que estas se sintam seguras para explorar a condição de doente e o ambiente hospitalar". "O Auditório está fisicamente separado do hospital, pelo que não existe um contacto direto das crianças com a área hospitalar", afirma ainda a instituição.