Estrela mais bem paga do YouTube acusada de racismo

Felix Kjellberg está de novo em destaque pelas piores razões
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PewDiePie é o nome "artístico" de Felix Kjellberg, sueco de 27 anos, no YouTube. Nesta plataforma, Felix é o youtuber mais bem pago do mundo, tendo alcançado em 2016 os 15 milhões de dólares (cerca de 12,5 milhões de euros). Agora, foi acusado de usar vocabulário racista num dos seus vídeos.

Enquanto jogava e transmitia um vídeo em direto, utilizou a palavra "nigger", considerada bastante ofensiva para a comunidade negra.

Apesar de ter dito que não disse a palavra "num mau sentido", de acordo com a BBC, não foi isso que evitou a polémica.

Com 57 milhões de subscritores no seu site, tudo o que Felix faz nos seus vídeos é amplamente reconhecido.

Disney terminou ligação com PewDiePie devido a conteúdos de índole nazi e antissemita

Em fevereiro deste ano, PewDiePie já tinha sido acusado de associação ao nazismo e antissemitismo. Na altura, um trabalho do Wall Street Journal revelou que, nos seis meses anteriores, Felix tinha publicado pelo menos nove vídeos com conteúdos antissemitas ou imagens associadas aos nazis. Um dos mais polémicos, com o título "Funny Guys", revela, aparentemente para surpresa do próprio sueco, dois rapazes em tronco nu que exibem um cartaz com a mensagem: "Death to all jews" (Morte a todos os judeus".

PewDiePie tinha uma importante parceria com a Maker Studios, da Disney, através do canal Revelmode. Mas depois desta investigação a empresa decidiu acabar com o entendimento: "Apesar de Felix ter criado seguidores por ser provocador e irreverente, claramente foi longe demais neste caso e os vídeos resultantes são inapropriados", disse uma porta-voz da empresa. "A Maker Studios tomou a decisão de acabar a nossa afiliação com ele de agora em diante".

Felix publicou um esclarecimento no seu blogue, explicando que os conteúdos em causa, em particular o referido vídeo com a mensagem antissemita, se destinavam apenas a demonstrar que "o mundo moderno é louco" e que as pessoas são "capazes de dizer qualquer coisa por cinco dólares", considerando "risível" que alguém acredite que seria apoiante de qualquer tipo de discriminação.

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