Estreia espacial: Philae iniciou descida de sete horas para aterrar num cometa

Acompanhe a primeira aterragem de sempre de um engenho espacial na superfície de um cometa
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O módulo Philae, que nos últimos dez anos viajou através do espaço agarrado à sonda Rosetta, foi acordado com êxito na segunda-feira, pelos controladores do ESOC, o centro de controlo da ESA, a agência espacial europeia, em Darmstadt, na Alemanha. Hoje, se não houver más surpresas, o pequeno módulo de aterragem da missão, com os seus cem quilos de sensores e instrumentação científica, vai protagonizar uma manobra arriscada, e nunca antes tentada: a primeira aterragem de sempre de um engenho espacial na superfície de um cometa, o Tchourioumov-Guérassimenko.

Ontem à noite, a poucas horas da separação do Philae da nave-mãe, os responsáveis da missão pareciam otimistas. "Está tudo normal", indicou a ESA. Menos lacónico, o diretor de voo da missão no ESOC, Andrea Accomazzo, disse à AFP que "a sonda está a funcionar muito bem" e que "todas as operações de voo [até esse momento] se desenrolaram como previsto". A ESA já confirmou, através do Twitter da Missão Rosetta, que a separação correu bem e como programado, hoje às 08.35 (hora de Lisboa).

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Mas o momento da separação é apenas o primeiro de uma série de operações críticas. Está previsto que o módulo faça o seu mergulho rumo à superfície do Tchourioumov-Guérassimenko, quando a Rosetta, na sua vertiginosa órbita, estiver a 20 quilómetros de distância dele, e com o próprio cometa a deslocar-se através do espaço.

A largada do Philae tinha de acontecer "no momento certo, com a posição e atitude certas, e também à velocidade certa", adiantou o diretor de voo. "O mais pequeno erro traduzir-se-ia num erro significativo na sua posição na superfície do núcleo do cometa", explicou e, por isso, qualquer pequeno problema poderia ainda determinar o adiamento da separação e, por consequência, da aterragem.

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