Tem havido um aumento de novas drogas sintéticas. Estas são mais perigosas que as tradicionais? O que deve ser feito?.O que torna estas drogas mais graves é a potência. São mais potentes, acabando por provocar mais danos. Não sabemos que substâncias têm, mas percebemos pelo perfil psicótico que são muito potentes e que podem trazer graves problemas de saúde e de saúde mental. É preciso trabalhar muito na informação e na prevenção. É por aqui que temos de pensar o consumos destas substâncias..Fala em consequências graves para a saúde. Quais podem ser?.Os derivados de canábis têm o principio ativo THC que leva a graves consequências pela sua potência. Existem quadros de perda da realidade, alucinações, comportamentos desadequados..Os consumidores podem ficar com lesões permanentes?.Tem um pouco a ver com a genética da pessoa. Há casos em que os quadros revertem, outros que ficam com continuidade de sintomas, tornando-se doença crónica..Estas drogas trazem grandes desafios por estarem sempre a mudar..São substâncias facilmente produzidas em laboratório, aparecendo cada vez mais derivados. Tem a ver com o atual padrão de consumo. Deixou de ser diário e de uma única substância para se entrar no policonsumo. As drogas sintéticas estão muito associadas ao contexto recreativo..Falou da prevenção. Deve ser mais dirigida aos jovens?.A população mais predominante são os mais jovens, que andam mais nos contextos recreativos. A prevenção deve abranger todas as idades, nas escolas e intervenção em contextos recreativos. E não podemos deixar de informar os pais que têm um papel muito importante.