Estado Islâmico volta a entrar na cidade milenar de Palmira
O Estado Islâmico voltou este sábado a entrar em Palmira, nove meses depois de ter perdido o controlo da cidade síria, reconquistada pelas forças governamentais no passado mês de março.
Segundo a BBC, que cita responsáveis do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os combates regressaram ao centro da cidade milenar conhecida como a "pérola do deserto". Após ter conquistado Palmira em maio de 2015, o Estado Islâmico destruiu parte dos templos antigos e túmulos que eram património da humanidade, em atos que a UNESCO considerou "crimes de guerra".
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Segundo o Observatório, que obtém as informações de ativistas, combatentes rebeldes e pessoal de saúde no terreno, os 'jihadistas' entraram pela zona do hospital de Palmira, na periferia noroeste da cidade.
"O Estado Islâmico entrou hoje em Palmira e está a ocupar o noroeste da cidade, havendo combates com o exército no centro da cidade", disse o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahman.
A cidade foi retomada aos 'jihadistas' pelo exército sírio com o apoio das forças russas. Desde então, o Estado Islâmico tem vindo a perder território na Síria e no Iraque.
O diretor de Antiguidades e Museus da Síria disse então, quando ficou completa a desativação dos explosivos colocados pelo Estado Islâmico, que seriam necessários cinco anos para reabilitar os monumentos destruídos ou danificados na cidade antiga de Palmira.
Palmira era a cidade síria mais visitada antes do início da guerra civil, em 2011. Vários locais da cidade foram destruídos durante os meses em que esteve sob controlo do Estado Islâmico, nomeadamente os templos de Baalshamin e de Bel. Também o diretor do museu de Palmira, Khaled Al-Asaad, foi assassinado.
Com Lusa