"Esta é a luta das nossas vidas": Elizabeth Warren assume corrida a presidente dos EUA
A senadora norte-americana Elizabeth Warren assumiu-se este sábado como candidata à corrida presidencial de 2020, afirmando no seu discurso que o faz por todos os americanos. Elemento do partido Democrata e líder da ala progressista do partido, Elizabeth Warren fez o anúncio a partir de um local histórico - Lawrence, a noroeste de Boston - onde foi lançado o movimento pela melhoria das condições de trabalho nos EUA. Warren, de 69 anos, fez dos direitos dos trabalhadores, salários justos e acesso aos cuidados de saúde temas centrais para sua campanha.
"Esta é a luta das nossas vidas. A luta para construir uma América onde os sonhos são possíveis, uma América que funciona para todos", disse Warren, frisando que estava naquele local para: "Declarar que sou candidata a presidente dos Estados Unidos da América." A senadora faz parte de um grupo cada vez mais populoso de democratas que tenta desafiar o presidente Donald Trump, o provável candidato republicano.
A ano das primárias democratas, muitos desses candidatos estão este fim de semana em reuniões com eleitores nos estados de Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul. Ao anúncio de Warren seguir-se-á este domingo o da senadora norte-americana Amy Klobuchar, que já adiantou que revelará os seus planos presidenciais no estado natal de Minnesota.
Simultaneamente à apresentação da candidatura Warren chegou o apoio do Comité de Campanha Progressiva de Mudança (PCCC), um grupo que pode dar donativos de milhões de dólares à sua candidatura. "Acreditamos que Elizabeth Warren é a democrata mais elegível e a melhor pessoa para derrotar Trump", disse Adam Green, co-fundador do PCCC.
Além de ser uma feroz crítica de Trump, Warren critica abertamente Wall Street, e ganhou notoriedade pelos seus esforços para criar o Departamento de Proteção Financeira do Consumidor para regular os grandes bancos. Warren é uma das quatro mulheres que até agora procurou o apoio democrata, um número sem precedentes de candidatas num país que nunca teve uma mulher como presidente.