"Está confirmada a solidez do apoio parlamentar"

Questionados pelo DN, os líderes parlamentares dos cinco maiores partidos analisam os últimos dois anos e perspetivam o futuro.
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O que destaca de mais positivo nestes dois anos?

A demonstração, de acordo com todos os indicadores, do sucesso de um percurso que compatibilizou o aumento do rendimento disponível das famílias, a confiança dos investidores privados internos e externos e das instituições europeias e de notação financeira, o crescimento económico acima da média europeia, com a boa gestão das contas públicas e a consolidação orçamental.

O que ficou por fazer?

O que consta ainda por cumprir do programa de governo. Será também importante acentuar o envolvimento das políticas do governo no reforço do investimento público, na capitalização do tecido empresarial privado nacional e na capacitação e melhoria do desempenho de alguns sistemas públicos.

Qual será o maior desafio nos dois próximos anos?

O da qualificação das pessoas, das empresas, das administrações, dos sistemas públicos e das decisões. O da convergência com os melhores indicadores europeus. O da redução das desigualdades.

O PR será mais interventivo?

Não faço ideia, nem creio que isso seja previsível pelo próprio. Os presidentes da República devem medir a sua intervenção em função das necessidades e não de razões abstratas e, evidentemente, no respeito pelas suas competências.

Qual a linha vermelha nos próximos dois anos? O governo durará até final da legislatura?
Sem cultivar qualquer espécie de daltonismo político, não descortino o perigo com que a pergunta acena. Quanto à duração do governo, a suspeita sobre a fragilidade é reincidente, mas o que está sucessivamente confirmada é a solidez do apoio parlamentar nas matérias que interessam à estabilidade política. O melhor exemplo é o da aprovação do terceiro Orçamento do Estado consecutivo. Isso tem sido muito importante para os níveis elevadíssimos dos indicadores de confiança das pessoas e dos agentes económicos.

A atual solução parlamentar de apoio ao governo poderá ser repetida mesmo que com outra reconfiguração política?

A minha opinião é que o melhor é um governo de base PS, com um programa claro, que saiba ouvir, congregar e contratualizar. Se isso continuar a coincidir com uma solução com o atual perfil, e que continue a ser útil ao país, não vejo inconveniente.

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