Esta boneca deve ser destruída. É um risco para a privacidade

As autoridades alemãs proibiram a venda da boneca falante Cayla. Em Portugal, a Deco já alertou para os perigos do brinquedo
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O alerta chegou da Noruega e está a espalhar-se. A boneca My Friend Cayla pode constituir um risco para a segurança e privacidade das crianças. Agora, as autoridades alemãs proibiram a venda deste brinquedo e até deram um conselho: destruam-no. Por cá, a Cayla só é acessível através de plataformas de venda online, mas a Deco já deixou avisos.

Em dezembro do ano passado, a Associação para a Defesa do Consumidor (Deco) alertou que a boneca My Friend Cayla e o robô i-Que evidenciam falha na proteção, privacidade e direitos dos consumidores mais jovens. Estes brinquedos funcionam através de ligação à internet, possuem microfones incorporados e tecnologias de reconhecimento de fala, permitindo-lhes "conversar" com as crianças que os manipulam. As crianças, ao interagirem com os brinquedos, poderão partilhar informações pessoais, ou seja, dados que são sigilosos.

Aquando do alerta, a Deco anunciou que havia manifestado as suas preocupações à ASAE e confirmou que a boneca My Friend Cayla e o robô i-Que não estavam disponíveis para venda em espaços físicos em Portugal, embora pudessem ser adquiridos pela internet.

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Agora, autoridades alemãs decidiram proibir a venda da boneca My Friend Cayla e aconselharam a destruição das existentes.

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Um estudo da ForbrukerRadet/Conselho Norueguês do Consumidor revelou que, com passos simples, qualquer pessoa pode assumir o controlo dos brinquedos através de um telemóvel, tornando possível falar e ouvir através do brinquedo sem ter acesso físico ao mesmo. Além disso, os segredos das crianças podem ser partilhados, uma vez que a gravação das conversas com o brinquedo é transferida para uma empresa americana, a Nuance Communications, que se reserva no direito de partilhar essa informação com terceiros e de usar aqueles dados para diversos fins.

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