Espanha vai obrigar a instalação de câmaras em matadouros para evitar maus-tratos contra animais

A medida foi aprovada durante a reunião semanal do executivo, a primeira após as férias de verão, como decreto-lei real, o que acelera o seu processo legislativo.
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Espanha forçará todos os matadouros do país a instalarem sistemas de vídeo para monitorizar o tratamento aos animais. O governo fez o anúncio esta terça-feira e assegurou ser uma novidade na União Europeia.

"Somos o primeiro país da União Europeia que contará com um sistema de videovigilância obrigatório nos matadouros", informou o Ministério do Consumidor do governo socialista de Pedro Sánchez através do Twitter.

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A medida foi aprovada durante a reunião semanal do executivo, a primeira após as férias de verão, como decreto-lei real, o que acelera o seu processo legislativo.

"Trata-se de uma norma que coloca Espanha na liderança desse assunto, e que, além de garantir o bem-estar dos animais durante a sua permanência nos matadouros, também melhora as garantias de segurança alimentar para os consumidores", comemorou o ministro espanhol do Consumo, Alberto Gazón.

O decreto real "foi acordado com o setor, foi discutido com o setor", detalhou a porta-voz do executivo, Isabel Rodríguez, numa conferência de imprensa.

Guillermo Moreno, diretor executivo da Equalia, uma ONG que fez campanha a favor da medida, saudou a sua adoção, estimando que "é um primeiro passo necessário e importante para elevar os padrões de bem-estar animal nos matadouros", disse à AFP.

Segundo Moreno, Espanha junta-se a Inglaterra, Israel e Escócia na implementação deste sistema.

O Ministério do Consumo especificou em comunicado que as câmaras deverão cobrir "as instalações onde os animais vivos são encontrados, incluindo as áreas de descarga, os corredores da condução" e as zonas onde os animais são atordoados e sangram até a morte.

Os responsáveis dos matadouros deverão guardar as imagens para posteriores verificações feitas pelas autoridades.

Os "grandes matadouros terão o prazo de um ano para se adaptarem à nova regulamentação, e os pequenos dois", disse o ministério.

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