O montante foi concedido através de empréstimos bilaterais e no quadro dos programas de assistência financeira concedidos desde 2010 pelos parceiros europeus e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), disse Luis de Guindos na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros..O novo Governo grego, que chegou ao poder no fim de janeiro, após a vitória eleitoral da formação de esquerda radical Syriza, quer afastar a 'troika' de credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) e as medidas de austeridade impostas desde 2010 e pretende também um alívio da dívida..Estes 26 mil milhões "representam aproximadamente o que gastamos por ano em subsídios de desemprego, num país onde a taxa de desemprego é de 26%" sublinhou o ministro..Além disso, a Espanha teve de pedir emprestado a uma taxa de juro muito superior à que a Grécia paga atualmente, acrescentou, frisando que o Estado grego deve devolver este empréstimo "porque é dinheiro de todos os espanhóis".."Há uma linha vermelha", insistiu Luis de Guindos, enquanto Atenas e a zona euro ainda não chegaram a acordo. "Logicamente a Espanha quer (...) que este empréstimo (...) seja pago", indicou, considerando que "estes 26 mil milhões de euros são a prova da solidariedade total com a Grécia"..Sobre a falta de acordo entre a Grécia e os seus parceiros na reunião do Eurogrupo realizada na passada quarta-feira, o ministro referiu que a Espanha teve uma posição "construtiva".."Não pudemos chegar a um acordo no comunicado final, mas a Espanha mostrou-se construtiva", reiterou, adiantando que há que respeitar "as regras que são para todos"..Luis de Guindos insistiu que o importante é que a Grécia volte a crescer e que o Governo ponha em prática reformas e apontou a Espanha como "um bom exemplo".