O homem acusado de esfaquear mortalmente o filho de seis meses, em Linda-a-Velha, Oeiras, em abril de 2015, começa a ser julgado na quinta-feira, em Cascais, por um Tribunal do Júri, disse hoje à agência Lusa fonte judicial..Segundo a mesma fonte, foi o arguido que requereu o julgamento com um Tribunal do Júri (composto por quatro cidadãos previamente selecionados), estando a primeira sessão agendada para as 09:15 na Instância Central Criminal de Cascais, Juiz 3..A acusação do Ministério Público (MP) sustenta que João Barata matou o filho, a 08 de abril, em retaliação contra a sua ex-companheira, mãe do bebé, a qual lhe teria dito que queria pôr fim à relação entre ambos, após descobrir que o suspeito mantinha o consumo de álcool..[artigo:4499826]."A vítima estava, nesse dia, a cargo do arguido, que executou os factos mantendo o contacto por telefone com a mãe do bebé. Depois de esfaquear a vítima, e deixando-a assim em casa, abriu os bicos de gás do esquentador e do fogão da casa e saiu", relata a acusação..Ainda nesse dia, refere o MP, o homem procurou a sua companheira, encontrou-a e disse-lhe que a "ia matar"..O MP acrescenta que "não se concretizaram, nem a explosão, com a adulteração previsível do cadáver, nem a morte da mãe do bebé, face à intervenção rápida da polícia"..João Barata, de 34 anos, e que se encontra em prisão preventiva ao abrigo deste processo no Estabelecimento Prisional de Lisboa, está acusado de homicídio qualificado..O arguido vai ainda responder por explosão e incêndio, profanação de cadáver e homicídio, todos estes crimes na forma tentada, além de um crime de tráfico de estupefaciente, pois as autoridades encontraram droga na sua posse aquando da detenção..O arguido foi detido no dia dos alegados factos, tendo assumido inicialmente à PSP a autoria do homicídio do filho. Contudo, quando foi presente a primeiro interrogatório judicial, dois dias depois, disse ao juiz que não se lembrava de nada, como adiantou, na ocasião, a sua advogada oficiosa à Lusa..[artigo:4503245].Henrique Barata, que nasceu em outubro de 2014, ainda foi assistido por peritos de emergência médica do Hospital São Francisco Xavier, de Lisboa, mas acabou por morrer no local..A acusação tem data de 15 de setembro de 2015 e o inquérito foi dirigido pela 4.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal da Comarca de Lisboa Oeste/Oeiras.