Escola 42. Convertidos para a tecnologia a custo zero ganham até dois mil euros ao fim de seis meses

Desde 2020, foram mais de 33 mil aqueles que se candidataram às formações gratuitas da escola de programação 42, entre Porto e Lisboa. Procura intensiva por talento tecnológico leva alunos a embarcarem no mercado de trabalho ao fim de seis meses, aliciados por salários acima da média.
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Um poço sem fundo. Assim se afigura a escassez de talento tecnológico em Portugal, considerado o segundo país no mundo com mais dificuldade em contratar trabalhadores qualificados, segundo um relatório da ManpowerGroup. Ainda que carecessem os estudos, a ânsia por profissionais especializados nesta área facilmente se comprovaria pela algazarra diária na 42, escola de programação gratuita que vê os seus alunos a receberem, por semana, uma dezena de ofertas para embarcarem no mercado de trabalho. Isto ao fim de apenas seis meses, mesmo antes de concluírem a formação de dois anos.

E engane-se aquele que pressupõe que a contratação precoce pode, de alguma forma, prejudicar a questão salarial: o vencimento líquido pode ir dos 1500 a dois mil euros por mês. Já no caso dos que optam por terminar o curso, dependendo da especialidade e do próprio mérito, "não há limite para o que possam conseguir", diz o diretor da instituição, Pedro Santa Clara, em entrevista ao DN/Dinheiro Vivo.


Além da garantia de ser bem remunerado, este é também um ofício de flexibilidade, que permite aos profissionais escolher onde e como trabalhar. No fundo, benefícios que, entre tantos outros, levaram a que mais de 27 mil pessoas procurassem a 42 Lisboa, desde a sua abertura, em julho de 2020 - um número global que sobe para 33 mil, quando considerado o interesse na escola do Porto, inaugurada em julho deste ano. De todos os candidatos, aos quais não é exigida experiência na área, 600 foram selecionados para realizar a formação na capital e 200 na Invicta.

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