Equipa de Israel estreia-se na Volta a França com ciclistas de 16 nacionalidades

Do pelotão de 30 ciclistas, apenas quatro são israelitas, num total de 16 nacionalidades. Entrada no World Tour só foi conseguida graças à ajuda financeira do milionário Sylwan Adams.
Publicado a
Atualizado a

A Volta à França de 2020 vai ter pela primeira vez no pelotão uma equipa de Israel. Um facto só por si inédito, mas que reserva mais uma grande curiosidade, já que a Israel Start up Nation é composta por ciclistas de 16 nacionalidades diferentes.

Dos 30 corredores que compõem a equipa, apenas quatro são israelitas. À cabeça do pelotão está o irlandês Dan Martin e há também outros nomes conhecidos, como o alemão André Greipel e o espanhol Dani Navarro. Depois há outras nacionalidades, de marroquinos a canadianos, passando por australianos, suíços ou franceses.

Eis a constituição da equipa: Matteo Badiletti (Suíça), Rudy Barbier (França), Jenthe Biermans (Bélgica), El Mehdi Chokri (Marrocos), Guillaume Bovin (Canadá), Matthias Brändle (Áustria), Alexander Cataford (Canadá), Davide Cimolai (Itália), Alex Dowsett (Grã-Bretanha), Itamar Einhorn (Israel), Omer Goldstein (Israel), Andre Greipel (Alemanha), Ben Hermans (Bélgica), Hugo Hofstetter (França), Reto Hollenstein (Áustria), Dan Martin (Irlanda), Travis McCabe (Estados Unidos), Daniel Navarro (Espanha), Krists Neilands (Letónia), Guy Niv (Israel), James Piccoli (Canadá), Nils Politt (Alemanha), Mihkel Räim (Estónia), Alexis Renard (França), Guy Sagiv (Israel), Patrick Schelling (Suíça), Rory Sutherland (Austrália), Norman Vahtra (Estónia), Mads Würtz Schmidt (Dinamarca) and Rick Zabel (Alemanha).

A equipa Israel Start up Nation foi apresentada esta semana, e tem por base a Israel Cycling Academy, que militava na categoria Continental Pro, mas que já tinha participado na Volta a Itália do ano passado, que arrancou precisamente em Jerusalém.

Fundada há cinco anos, a única equipa profissional de ciclismo de Israel tem crescido nos últimos graças ao apoio financeiro do milionário Sylwan Adams, empresário que esteve por detrás das negociações para garantir no ano passado que três etapas do Giro se disputassem em Israel, operação que teve um custo de 10 milhões de euros.

Kejell Calström, o diretor finlandês da equipa, já anunciou que o grande objetivo para 2020 é "obter a primeira vitória" numa das provas mais importantes do calendário. Para o investidor há contudo outro sonho para realizar: "Gostava de ver um ciclista israelita cruzar pela primeira vez a meta final da Volta a França."

Sylwan Adams é um amante incondicional do desporto e foi ele que conseguiu que há três semanas as seleções da Argentina e do Uruguai disputassem um jogo particular em Israel. E foi também o responsável pelo pagamento do cachê de Madonna na gala do festival da Eurovisão.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt