Entregas na Uber já valem mais do que as viagens

"Construímos uma segunda Uber em menos de três anos", assinalou o presidente executivo da tecnológica. Ganhos com a entrega de refeições foi no entanto insuficiente para travar a quebra de receitas de 29%, influenciada pela pandemia de covid-19
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O negócio da entregas de refeições da Uber (Uber Eats) já vale mais do que as viagens desta plataforma norte-americana. A Uber registou prejuízos de 1,8 mil milhões de dólares (1,52 mil milhões de euros) entre abril e junho, muito influenciado pelos efeitos do novo coronavírus, segundo a apresentação de resultados feita na noite de quinta-feira.

"Construímos uma segunda Uber em menos de três anos", assinala o presidente executivo desta tecnológica de São Francisco, Dara Khosrowshahi, citado pelo Financial Times. O negócio das entregas da Uber vai continuar a crescer, depois da compra da rival Postmates, anunciada no início de julho.

Ainda assim, o crescimento dos ganhos com a entrega de refeições foi insuficiente para travar a quebra de receitas de 29% do grupo Uber, para 2,24 mil milhões de dólares.

Os prejuízos da Uber recuaram 67% na comparação com o segundo trimestre de 2019 porque nesse período foi necessário pagar aos trabalhadores que tinham ações na empresa antes da entrada em Bolsa, em setembro. Sem este efeito extraordinário, as perdas da Uber teriam sofrido, em termos comparáveis, um agravamento de 20%.

A Uber também revela na apresentou que gastou 48 milhões de dólares em medidas relacionadas com a covid-19, a nível de segurança sanitária e de compensações para os condutores que perderam mais viagens.

Entre abril e junho, a tecnológica norte-americana comunicou o despedimento de 6700 trabalhadores em todo o mundo (mais de 100 dos quais em Portugal) e passou o negócio dos veículos partilhados para a Lime.

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