Entregar IRS mais depressa não compensa. Primeiros contribuintes são "cobaias"
Os trabalhadores que entregaram o IRS na primeira semana vão ser reembolsados exatamente na mesma altura do que os que optarem pela segunda semana do mês. É o próprio secretário de Estado dos Assuntos fiscais, António Mendonça Mendes, que o assume à TSF.
Isto acontece, segundo o governante, porque "todos os anos, o formulário do IRS tem alterações e essas alterações entram em velocidade de cruzeiro já em ambiente real. Por isso, é normal que o sistema esteja a funcionar melhor e na sua plenitude a partir da segunda ou da terceira semana, e é a partir dessa altura, apesar de termos mais acessos, que o sistema está a responder mais rápido e os reembolsos são mais rápidos o que faz com que o prazo médio desça".
De acordo com António Mendonça Mendes, "o prazo médio do reembolso no IRS automático andou nos 11 dias e é essa expectativa que temos. Manter os padrões e os índices". Para quem não opta pelo IRS automático, a espera deverá ser de 16 dias.
Em entrevista à SIC Notícias, o secretário de Estado indicou ainda que desde a meia-noite desta segunda-feira já foram mais de 100 mil os portugueses que entregaram as suas declarações.
A entrega da declaração anual do IRS começou esta segunda-feira, mas este ano, pela primeira vez, o prazo, vai prolongar-se por três meses. A entrega do IRS termina no dia 30 de junho e há mais contribuintes com o IRS automático.
Dos mais de 5 milhões de agregados que fazem a entrega da declaração anual de rendimentos, há cerca de 3 milhões que estão abrangidos pelo IRS automático, uma vez que o automatismo foi alargado a todos os contribuintes que fizeram Planos-Poupança Reforma.