Pelo menos 150 corpos, todos não identificados pelas autoridades filipinas - foram enterrados numa vala comum perto da igreja de Palo, na ilha de Leyte, informou o canal local GMA..Na região, devastada na passada sexta-feira, pelo tufão Haiyan, o odor dos cadáveres amontoados nas ruas e sob os escombros torna-se insuportável, enquanto dezenas de milhares de pessoas carecem de bens de primeira necessidade para que conseguiam sobreviver até à chegada de mais ajuda..As autoridades têm sido sobrecarregadas pela quantidade de corpos que os familiares ou vizinhos vão levando continuamente para o recinto religioso de Palo e edifícios habilitados como morgues..Em Barangay Paon, no nordeste da ilha de Panay, também foi relatado o enterro de 55 corpos não identificados, que se acredita serem de marinheiros residentes em Masbate, mortos no passado domingo..A passagem da tempestade tropical Zoraida pela região ocidental do arquipélago filipino provocou mais chuva em Tacloban e nas povoações vizinhas, agravando as inundações em várias zonas daquela cidade..A propagação de doenças como a gripe e o aparecimento de surtos de cólera ou outras epidemias figura como uma das principais preocupações das autoridades locais..As provisões de alimentos e água potável e o abastecimento de material médico continuam a chegar a conta-gotas às províncias centrais de Samar, Leyte e ao norte de Cebu, as mais afetadas pelo desastre natural, apesar de as agências nacionais e internacionais terem começado a implantar-se na região. .O Conselho de Gestão e Redução de Desastres das Filipinas elevou hoje para 1.833 o número de mortos, no seu mais recente balanço, em que dá ainda conta do registo de pelo menos 2.623 feridos e de 84 desaparecidos..O Presidente das Filipinas, Benigno Aquino, descartou, na terça-feira, a hipótese de o número de vítimas mortais alcançar a fasquia das dez mil, como estimaram as Nações Unidas, calculando o número de mortos entre os 2.000 e os 2.500, numa entrevista à CNN.