Os enfermeiros da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) estarão em greve na quinta-feira para exigir uma valorização salarial e a admissão de mais profissionais, nomeadamente a vinculação efetiva dos enfermeiros com contratos precários..Numa nota, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) adianta ainda que será feita uma concentração, pelas 11:30, em frente à sede da ARSLVT, que acusa de inação, um mês após uma denúncia pública pelo sindicato de vários "problemas e injustiças", entre as quais a "inadmissível situação precária de cerca de 150 enfermeiros contratados, no contexto da pandemia [de covid-19], e que ficam fora das 152 vagas do concurso para vinculação".."Apesar dos descongelamentos de progressões, consagrado na Lei do Orçamento de 2018, a generalidade dos enfermeiros da ARSLVT [ACES, DICAD e Serviços Centrais] não tiveram qualquer valorização remuneratória nos últimos anos, muitos dos quais a exercerem há mais de 20 anos, porque o Conselho Diretivo [da ARSLVT] mantém um intolerável impasse", considera o SEP..Entre os motivos que levam a esta greve está a exigência de "vinculação efetiva/definitiva de todos os enfermeiros com contratos precários", a admissão de mais enfermeiros, de acordo com as necessidades assistenciais, destaca o SEP, salientando que, "para garantir os rácios [médios] preconizados pela Organização Mundial da Saúde, faltam 1.500 enfermeiros de família, para as mais de 1.500.000 famílias que residem na área da ARSLVT"..Em termos de carreiras, os enfermeiros pretendem também a consolidação dos profissionais em situação de mobilidade, a manutenção das 35 horas semanais em todas as unidades funcionais, a constituição de listas de utentes por enfermeiro de família, a contabilização de pontos e correspondentes reposicionamentos remuneratórios, a transição de todos os enfermeiros especialistas e em gestão para as respetivas categorias e ainda a admissão de outros profissionais, nomeadamente para condução de viaturas e remoção de resíduos contaminados.