O representante do instituto, Carlos Ramalheira, disse à agência Lusa que "ninguém vai ser despedido", explicando que alguns profissionais de enfermagem estão a terminar o contrato de trabalho a termo certo, que estava previsto há mais de um ano, depois de concluído o processo de concurso para admissão de novos enfermeiros. Segundo a direcção de Coimbra do SEP, que solicitou para terça-feira uma reunião com carácter urgente ao IDT Centro, os enfermeiros foram "há pouco tempo confrontados e simultaneamente surpreendidos com uma carta do delegado regional do centro do IDT, informando-os de que a partir do final de Novembro deixariam de ali exercer funções". .Em declarações à Lusa, o coordenador do SEP em Coimbra, Paulo Anacleto, afirmou que "o caricato é serem despedidos enfermeiros com contrato a termo, a prestar 35 horas de trabalho semanal e ao serviço do IDT há vários anos, quando se mantém ao serviço enfermeiros a fazer horas em acumulação de funções". Segundo o sindicalista, "há enfermeiros que vão para o desemprego e outros que se mantêm com regime de horários acrescido (mais sete horas semanais) para fazer face a necessidades permanentes do IDT, o que é um contrassenso". Paulo Anacleto afirmou que, na prática, a dispensa dos oito enfermeiros "pode afectar programas em curso, nomeadamente ao nível de equipas de rua e prevenção" do instituto.."Há um despacho, de 15 de Setembro, que obriga as instituições a justificarem necessidades permanentes à tutela. Não sabemos se o IDT Centro fez ou não esse levantamento, porque, na prática, o regime de horário acrescido é a prova dessas necessidades permanentes", afirmou. Segundo o sindicalista, os oito enfermeiros estavam ao serviço das equipas de tratamento de Aveiro, Figueira da Foz, Coimbra, Marinha Grande e Pombal, da Unidade de Alcoologia de Coimbra e da Unidade de Desabituação de Drogas de Coimbra. "Entraram já enfermeiros para o quadro de pessoal do IDT, pelo que não se pode, ao mesmo tempo, manter o pessoal contratado temporariamente", referiu, por seu turno, Carlos Ramalheira, sublinhando que "não fazia sentido manter esses profissionais depois do processo de admissão"..O responsável do IDT Centro salientou ainda que os "contratos que agora terminam foram sendo sucessivamente prolongados enquanto decorria o concurso para o preenchimento de lugares de enfermeiros, que foram já colmatados".