Atraso na reparação da linha do elétrico 28 deve-se à descoberta de vestígios arqueológicos

Os achados foram descobertos após a rutura de um coletor, em janeiro
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Foram encontrados vestígios arqueológicos na Rua das Escolas Gerais, em Alfama, em janeiro, após um abatimento do piso causado por uma rutura de um coletor. A descoberta atrasou os trabalhos para reparar o piso e a linha do elétrico 28, que deveriam ter ficado concluídos até ao final do mês de março, segundo o site da Carris. A reparação só deverá estar concluída em maio - o que permitirá que o elétrico 28 volte a fazer o seu percurso habitual.

A notícia é avançada pelo jornal Público, que cita Jorge Pinho, um dos arqueólogos que a autarquia de Lisboa destacou para estudar os achados, encontrados na Travessa de São Tomé, e que são "cinco silos, datando aproximadamente do século XVII, que basicamente são aberturas subterrâneas escavadas na rocha com o intuito de armazenar alimentos ou mesmo criar lixeiras".

De acordo com o arqueólogo era desta forma que os residentes na área armazenavam a comida e os cereais, e o procedimento era comum noutras encostas de Lisboa. Na mesma zona já tinham sido encontrados outros silos e fósseis.

O trabalho que se segue é o de datar aquilo que for encontrado, como azulejos ou cerâmicas, mas até sementes. Foram, para já, identificados azulejos e pedaços de panelas que poderão datar do século XVII.

A circulação do 28 foi alterada a 19 de janeiro, por causa da interrupção na Rua das Escolas Gerais, e há mais de dois meses que que a ligação é assegurada com a ajuda de autocarros mini. O elétrico volta ao seu percurso normal já no próximo mês, assim que a obra para reparar o coletor - que irá decorrer em simultâneo com os trabalhos de arqueologia - terminar.

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