Enatur abre pousada do Palácio de Estói em 2008

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A pousada do Palácio de Estói, um edifício construído nos finais do século XVIII, classificado como imóvel de interesse público, será aberta ao público em Maio de 2008, elevando para 43 o número de pousadas que a Enatur possui em Portugal e no Brasil. O arquitecto Gonçalo Byrne assina o projecto.

Depois de um longo processo iniciado em 1999, com a assinatura de um protocolo entre a Câmara de Faro e a Enatur, as obras de recuperação e adaptação do Palácio de Estói a pousada histórica começaram há cerca de um mês. A intervenção, estimada em 12 milhões de euros, integra a construção de um edifício para alojamento, com capacidade para 122 camas, recepção e piscina, e a criação de diversas salas de eventos para conferências e festas na zona onde estão situadas as cavalariças.

A Enatur comprou o palácio de Estói à autarquia (proprietária do palácio desde 1987). O processo começou em Janeiro de 2003, mas sofreu alguns atrasos, porque, por um lado, "falharam os fundos comunitários a que a Enatur tinha concorrido" e, por outro, "o Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) e a própria autarquia fizeram recomendações para alteração do projecto, no que respeitava à implantação física dos edifícios que vão ser construídos de raiz", disse ao DN Rui Mota, da Enatur.

O projecto, da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne, ficou, na perspectiva deste responsável, "mais bem enquadrado no espaço, depois das alterações indicadas". Segundo Alexandre Berardo, do gabinete de Gonçalo Byrne, as intervenções na envolvente do imóvel contemplam a construção de um edifício de três pisos, "o último dos quais não sobe acima da cota de entrada do palácio, ficando dissimulado na paisagem".

Este edifício terá 61 quartos, (três dos quais suites), a recepção da pousada e uma piscina. O palácio, com 825 metros quadrados, será todo recuperado. Aqui ficam os salões de estar e um restaurante, para além da antiga capela (também alvo de restauro). De acordo com Alexandre Berardo, será construído de raiz outro edifício, com 700 metros quadrados de área, na zona conhecida por Jardim das Colunas, que constitui o "corpo de apoio ao palácio (...) e ficará enterrado, dispondo apenas de um pequeno corpo à vista, para acesso à cozinha, áreas técnicas e de pessoal."

As actuais cavalariças vão dar lugar a outro edifício autónomo, destinado eventos. O pomar existente nos jardins será alvo de um projecto de recuperação e conservação, a implementar numa segunda fase, num projecto conjunto do Gonçalo Byrne e do arquitecto paisagista João Sousa Ceregeiro. |

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