Empurrado pelo duo dinâmico super-Lisandro acordou Dragão

Publicado a
Atualizado a

Marítimo foi superior nos primeiros 25 minutos, mas depois rebentou

Ao vencer o Marítimo por 3-0, o FC Porto obteve ontem nos Barreiros a primeira vitória fora de casa na Liga desde que, há dois meses e meio, saíra vencedor do Estádio da Luz. Fê--lo num jogo que começou por ser complicado mas que acabou por revelar-se fácil, primeiro devido à reacção dos médios, que conduziu ao golo libertador de Lisandro, e depois graças a um brinde de Pedro Henriques: após ter deixado passar sem advertência uma série de mãos na bola, o árbitro expulsou Djalma com segundo amarelo exactamente pela mesma razão, reduzindo o Marítimo a dez homens com meia-hora por jogar. Até final, o FC Porto passeou e ampliou a vantagem.

As dificuldades iniciais dos campeões podem ter-se devido a dois factores: a inibição já a pensar na partida da Liga dos Campeões que aí vem e que se reflectiu em alguma falta de velocidade, mas também a presença no ataque de Farias, um ponta-de--lança mais fixo, que exige mais futebol à equipa do que quando lá está Lisandro. Com linhas próximas e um jogo mais apoiado, o Marítimo foi a força dominante dos primeiros 25 minutos, sobretudo devido à acção de Ricardo Esteves, Mossoró e Djalma. E cheirou mesmo a golo quando, aos 14', André Pinto cabeceou um grande cruzamento do lateral direito, fazendo passar a bola a rasar o poste de Helton.

Com Quaresma em noite má, o FC Porto só parecia ameaçador nas movimentações dos dois médios mais ofensivos, Lucho e Meireles, que procuravam aparecer nas costas de Bruno e João Luís, embalados de frente para os centrais. Foi de duas dessas iniciativas que surgiram os primeiros lances de perigo de FC Porto: aos 26', Lucho isolou Farias na esquerda, mas este chutou com o pé errado, ao lado; e aos 37', lançado por Meireles, Fucile obrigou Marcos à primeira defesa difícil. O FC Porto já mandava no campo quando, a acabar a primeira parte, Lisandro abriu o activo, com um remate muito bem colocado mas beneficiando da passividade da marcação de R. Esteves, após um livre lateral de Quaresma.

Para a segunda parte, o Marítimo precisaria de recuperar o fulgor dos minutos iniciais, mas embora tivesse demonstrado algum acréscimo de entusiasmo, não chegou a ser perigoso. E, mesmo antes da expulsão de Djalma, voltou a ser o FC Porto a melhor equipa em campo: aos 58', Lucho, num contra-ataque rápido, obrigou Marcos a uma excelente defesa. Foi já contra dez, contudo, que os campeões mataram o jogo, chegando aos 2-0 no primeiro toque de Sektioui na bola, aos 68', e fechando o placar nos 3-0, por Lisandro, aos 82'.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt