Empresários da diversão deixam alerta à troika

Dezenas de pessoas ligadas ao setor das empresas de diversão manifestaram-se hoje frente aos escritórios da 'troika', em Lisboa, para declararem que esta área económica não pode ajudar Portugal a pagar o empréstimo.
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Luís Paulo Fernandes, da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), disse à agência Lusa que, com esta ação, pretendem transmitir oficialmente a mensagem de que "Portugal quer pagar, mas devagar".

Segundo Luís Paulo Fernandes, o setor "está sem sustentabilidade para ajudar Portugal a pagar o empréstimo. Portugal quer pagar, mas devagar".

Para o representante da APED, a "mensagem não é ofensiva" e trata-se de um "conselho" que gostavam de transmitir numa reunião que pediram à 'troika'.

"Disseram-nos que não era normal" receberem alguém, "mas queremos transmitir a mensagem", disse.

Na semana passada, representantes da APED foram recebidos na residência oficial do primeiro-ministro e protestaram frente à Assembleia da República.

A taxa do IVA (imposto sobre o valor acrescentado) sobre as atividades de diversão passou de 6% para 23% no início de 2012, aumento que, de acordo com a APED, está a empurrar para a falência 300 microempresas familiares do setor.

A APED reivindica que as atividades que proporciona não são lazer, mas sim cultura e, como tal, deveriam ser taxadas na taxa intermédia.

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