Empresário Hernâni Vaz Antunes entregou-se na PSP e vai ficar detido

Suspeito no processo que também envolve o cofundador da Altice, Armando Pereira, tinha revelado esta tarde estar disponível para prestar declarações.
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Hernâni Vaz Antunes, suspeito no processo ligado ao cofundador da Altice Armando Pereira, entregou-se este sábado às autoridades e encontra-se "ao cuidado das autoridades policiais".

Segundo a CNN Portugal, um dos advogados tentaram que fosse ouvido e constituído arguido, antes de ser detido, mas como tinha mandado de detenção por cumprir recebeu um ultimato do juiz Carlos Alexandre para se entregar de imediato. O que fez numa esquadra da PSP no Porto.

Horas depois de negar estar "em fuga ou em parte incerta" e se disponibilizar para ser ouvido pelas autoridades, o empresário, conhecido no meio como braço direito do cofundador da Altice, entregou-se. A filha, Jéssica Antunes, bem como o economista Álvaro Gil Loureiro, foram detidos e ouvidos este sábado pelo juiz Carlos Alexandre. Já a outra filha, Melissa Antunes, terá sido constituída arguida, mas não foi detida.

O principal visado, Armando Pereira, ser ouvido no Tribunal Central de Instrução Criminal e, segundo o seu advogado (Pedro Marinho Falcão), o cofundador da Altice vai prestar declarações em interrogatório sobre as sobre as suspeitas.

Em causa está, alegadamente, uma "viciação do processo decisório do Grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência", que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva. As autoridades destacam ainda que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba "superior a 100 milhões de euros". Os direitos televisivos do futebol português estão entre os negócios investigados, que já tinham dado origem a buscas nas SAD dos clubes.

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